Precariedade de água e luz: vereadores solicitam ao executivo decreto de calamidade pública pela falta de água e se mobilizam para que a Ceprag assuma a rede de energia

Foi levantada a necessidade de poços para captação de água, especialmente nas localidades de Costãozinho, Rio de Dentro, Centro e Rio do Meio.

Mampituba tem problemas históricos em relação aos serviços de abastecimento de água e energia elétrica e a Câmara de Vereadores vem trazendo para a pauta essas duas questões que têm afetado diretamente a população. Na última sessão de quarta-feira (5), a mesa Diretora apresentou o pedido de providência para que a prefeitura, por meio do Demaem, providencie Decreto de Calamidade ou Emergência Pública devido à falta de abastecimento e situação precária que se encontram as redes de água no município.

Segundo o presidente da Câmara, Ricardo dos Santos (Republicanos), é necessário que a prefeitura coloque a questão da crise hídrica como prioridade até que seja solucionada. O vereador tem acompanhado de perto diariamente relatos de desabastecimento nas casas, “sem contar as pessoas que estão há mais de um ano sem acesso direto à água”, completa o presidente. 

Foi levantada a necessidade de poços para captação de água, especialmente nas localidades de Costãozinho, Rio de Dentro, Centro e Rio do Meio. Localidades onde o número de casas não é compatível com a rede antiga, resultando na baixa vazão e falta de água. “Sabemos dos esforços do executivo que tem limitação de recursos. Já com o decreto, será possível captar recursos nas esferas estadual e federal de forma imediata e solucionar essa questão pelas próximas décadas”, acredita Ricardo. 

SUBSTITUIÇÃO DA CEEE PELA CEPRAG

O vereador Ronilto Roldão Selau, o Astengo (PSDB), solicitou uma análise a respeito da possibilidade da CEPRAG assumir a distribuição de energia elétrica em Mampituba, substituindo a CEEE Equatorial. Na 3ª sessão ordinária, também houve um pedido de indicação, de autoria da Mesa Diretora, para uma audiência pública, com participação da Assembleia Legislativa, Ministério Público e CEEE Equatorial. “O que vivenciamos aqui na última sessão com vários apagões em pouco tempo é o retrato da precariedade do serviço. Há casos de pessoas que chegam a ficar 15 dias sem energia elétrica”, argumentou Astengo. 

O vereador Ivam Matos (MDB) falou que a questão deve ser levada à Aneel, pois a possibilidade é viável apenas se a CEEE Equatorial desistir da prestação de serviço. Segundo ele, existe um abaixo assinado de 2022 e é necessário retomar essa mobilização em âmbito federal.