Delegado e promotora defendem cercamento eletrônico em Torres
Para delegado a intenção é convergir e que os parlamentares façam a interlocução com o Executivo.

Na tarde desta segunda-feira, 13 de janeiro, durante a 2ª Sessão Ordinária do Parlamento Torrense, a tribuna livre foi utilizada pelo delegado Marcus Vinícius Veloso e pela promotora de Justiça Dinamárcia Maciel de Oliveira para tratar de dois temas urgentes: a implementação de um sistema de cercamento eletrônico e a abordagem de moradores em situação de rua.
O delegado Marcus Vinícius enfatizou a ausência de um sistema de cercamento eletrônico em Torres, uma cidade que, segundo ele, possui um IPTU condizente com seu porte, mas carece de investimentos nessa área de segurança. Ele relatou a dificuldade enfrentada para solucionar um roubo ocorrido em 2023 em um estabelecimento comercial na Praça XV, coração da cidade. Apesar de esforços extraordinários da polícia, a prisão dos responsáveis só foi possível seis meses depois. Ele destacou que o cercamento eletrônico, poderia ter agilizado o processo com alertas automáticos e sem necessidade de monitoramento constante por policiais. O custo mensal estimado de R$ 70 mil foi considerado irrisório diante do orçamento municipal.
“Meu partido é a polícia, sempre buscando o melhor para a cidade”, desabafou o delegado, pedindo apoio dos vereadores à implementação do projeto.
A promotora Dinamárcia Maciel complementou que foi durante uma discussão sobre a crescente presença de moradores de rua em Torres que o delegado apontou a necessidade do cercamento eletrônico. Ela explicou que a promotoria tem tratado do tema em reuniões, propondo campanhas, como por exemplo, que cidadãos intimidados por indivíduos em situações de vulnerabilidade ou abordagem agressiva, registrem ocorrências. Ressaltou que, embora muitos moradores de rua não representem risco, alguns infiltrados já foram flagrados cometendo crimes, como roubo e tráfico.
Durante a sessão, o vereador Gibraltar Vidal (MDB) sugeriu um pedido formal ao Executivo para envio do projeto de cercamento eletrônico à Câmara, garantindo aprovação sem contrariedade. O vereador Rogério Jacob (PP) propôs uma indicação coletiva dos parlamentares, enquanto Rafael Silveira (PSDB) relembrou que já havia feito indicação semelhante em 2021 e reforçou a necessidade de união entre os poderes.
O delegado destacou que Torres possui seis acessos principais, o que permitiria a implementação de um sistema eficiente de monitoramento. Ele finalizou dizendo que o atual prefeito foi receptivo à ideia e que a integração entre Legislativo e Executivo é essencial para avançar em questões de segurança. Segundo Veloso a intenção é convergir e que os parlamentares façam a interlocução com o executivo.
A promotora concluiu com um apelo para que a referida demanda seja resolvida no âmbito administrativo, evitando judicializações desnecessárias.
Por Junior Guimarães
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